Lorena GT - 1a Geração


Durante a fabricação do Lorena GT este teve três configurações distintas, a que denominamos de "Gerações":

- a 1a Geração - caracterizada pela tampa do motor na traseira do carro;

- a 2a Geração - caracterizada pela tampa do motor na parte superior da traseira, e SEM tomadas da ar na coluna traseira

- a 3a Geração - caracterizada pela tampa do motor na parte superior da traseira, e COM tomadas de ar na coluna traseira.

Outros carros forma produzidos com base no Lorena GT:

                       - Mirage GT     - fabricado pela Industria de Plásticos Mirage entre 1977 e 1981

                       - Andorinha     - dois carro construídos em São Paulo pela Menom, a partir do Lorena GT

                       - Lorena GT-L - nove carros fabricados em Saquarema, RJ, entre 2012 e 1015

                       - Villa GT          - carro específico, baseado no Lorena GT

Perguntas Freqüentes - dúvidas em geral sobre o Lorena GT

      

1a Geração

Característica da primeira geração: tampa do motor na parte traseira do carro.

 

Fabricante:  Estructofibra - Estruturas de Espumas Plástica e Fibra de Vidro S/A (mapa)  (doc)

                             Empresa desativada em 23/10/2009

                             Rua Capitão Carlos, 126

                             Bomsucesso - Rio de Janeiro

                             Telefone: 30-4820

                             Apenas um carro produzido, no final de 1967 / início de 1968

 

A importação do primeiro carro foi sugerida e providenciada pelo Sr. León Larenas Izquierdo, que trabalhava para a empresa "Estructofibra" de propriedade do empresário João Silva, presidente do Clube de Regatas Vasco da Gama. Ele pretendia montá-la em chassis de Karmann-Ghia, com motor Volkswagen 1.600cc e vendê-la no mercado. A carroceria do Ferrer GT sofreu várias alterações, como capo dianteiro, portas, para-lamas traseiros, dobradiças de portas e capos.

Uma carroceria foi oferecida gratuitamente para a equipe "Colégio Arte e Instrução", do Rio de Janeiro, para a instalação dos equipamentos Porsche e participar de competições, fazendo divulgação do carro. Esta carroceria foi montada e adaptada na sede da fábrica de lanchas em fibra  vidro Estructofibra, em uma rua transversal na Rua Capitão Carlos, 126, Bonsucesso, no Rio de Janeiro, tendo sido sua primeira corrida na "Primeira Etapa do Campeonato Carioca de Automobilismo" de 1968.

Não se conhece o destino da carroceria "Ferrer GT" original que serviu para a elaboração dos moldes. A Estructofibra fabricou apenas uma carroceria, a utilizada pela "Equipe Colégio Arte e Instrução".

 

"Jornal do Brasil", 6/março/1969, Caderno de Automóveis, página 4

 

    Jornal "O Globo" - 28/fevereiro/1969

    Caderno "Veículos e Transportes - página 5

   Reportagem sobre a fabricação de lanchas em fibra de vidro

   Observar na foto à esquerda a frente do Lorena GT

 

    Jornal "O Globo" - 14/março/1969

    Caderno "Veículos e Transportes - página 5

     Anúncio da Estructofibra

O Lorena-Porsche em fabricação na "Estructofibra", Rio de Janeiro                              (Fotos: acervo Sidney Cardoso)

 

 Apresentação do carro no autódromo                                 Alinhado para sua primeira largada

Mais informações sobre este carro em "Carro 0.01" e em "Provas"


Fabricante:  Lorena Importação Indústria e Comércio Ltda. (mapa) (doc)

                             Data de constituição: 30/12/1968

                             Rua Doutor Miranda Azevedo, 1234

                             Bairro Perdizes

                             São Paulo - SP

                             Telefones: 62-2904, 62-6197

 

Período de produção aproximado:   final de 1968 até Maio de 1969

Acredita-se que foram produzido de 5 à 7 carros desta geração, além do carro fabricado na Estructofibra. As carrocerias foram produzidas em São Paulo pela empresa Fibraplast, e montadas inicialmente na revenda Monumento.

A tampa do motor na traseira, tornava bastante difícil o acesso ao motor, principalmente aos carburadores. Os dois primeiros  carros foram produzidos com a tampa traseira retirável. Nos carros com a tampa traseira abrindo para cima, você entrava por baixo apoiando ela nas costas (não tinha suporte para manter aberta... as costas da camisa "já eram"....), ou apoiava a tampa com um "pauzinho". Não esqueça que a altura não era superior à 70 centímetros do chão. Para regular os dois carburadores você praticamente "entrava" por trás do carro agachado, esticando os braços no escuro.....

O lançamento aconteceu no VI Salão do Automóvel em São Paulo, realizado entre 23 de novembro e 8 de dezembro de1968, ultimo salão realizado no parque Ibirapuera.

Os carros da 1a Geração foram todos fabricados completos pela Lorena. Não foram vendidas carrocerias avulsas ou em forma de kits.

 Lorena GT no VI Salão do Automóvel (Foto: Folha de São Paulo - Pesquisa: André Lemes)

1.1 - Carro 001 nos folhetos de divulgação Veja "Folhetos"

 

           

              

   

Detalhes do carro, fabricado em São Paulo, com divulgado no folhetos.

- não possui para-choques dianteiro nem traseiro;

- não apresenta as molduras dos faróis, apenas uma borda preta;

- o capo dianteiro apresenta apenas um trinco central (da tampa de combustível da Kombi);

- tampa do motor na traseira, sendo retirável.

  Observe o pequeno e único trinco no centro da tampa, na parte superior, utilizado na tampa de combustível da Kombi,

  e a ausência de dobradiças externas. Certamente a abertura da tampa se dá na parte de cima, e ele era retirada.

- sinaleiras traseiras de.....  De que será?????

- rodas originais da linha Volkswagen, de 15 polegadas.

 

           Carro 001 na fábrica

 

Fotos enviadas pelo "Dinho" Amaral

Observe também o carro ao fundo na foto à esquerda, com algumas características diferentes do em primeiro plano

(frisos dos para-brisas largos, espelhos). O carro atrás é o que esteve exposto no IV Salão do Automóvel.

    
Detalhes exclusivos deste carro:
- moldura dos acrílicos dos faróis sem o friso cromado, aparentemente apenas um  filete de borracha

- tampa do motor na traseira, retirável, e apenas com uma fechadura na parte de cima
- dois trincos no capo dianteiro, da tampa de combustível da Kombi, como utilizado nos demais carros da Geração 1

- sinaleiras traseiras do Volkswagen 1300

- para-choques dianteiro
- sem os para-choques traseiros
- sem os brasões na frente do carro, traseira, e nas calotas

- rodas já de série, da marca "Rodabrás", cinco furos, com cubo central e "calotinha"

  Veja detalhes dos componentes utilizados no Lorena GT


1.2 - Carro do teste da revista "Auto Esporte" No 55, Maio/1969  Veja reportagem

        Lançamento do carro no "VI Salão do Automóvel", em Novembro/1968

        Carro "padrão" da 1a geração

       

 

     

   

    

Detalhes apresentados pelos carros de "1a geração"

Frente:

- faróis retangulares (linha Ford 1968-1969) com cobertura de acrílico

- rodas da marca "Rodabrás", cinco furos, com cubo central e "calotinha"

- borracha do para-brisas e vidro traseiro com o friso cromado largo, em metal
- moldura dos acrílicos dos faróis em metal, cromadas

- dois trincos externos do capo dianteiro (da tampa de combustível da Kombi)

- brazão grande no meio da parte dianteira (entre o capo e a extremidade do carro)

- "calotinhas" das rodas com o brazão "Lorena" pequeno

- alguns dos últimos carros desta geração possuem o logotipo "Lorena" e brazão no para-lamas dianteiro

   (ver carro D1.05)

- dobradiças do capo dianteiro grandes (do Willys Interlagos)

- para-choques dianteiro acompanhando o vinco da dianteira (de frisos utilizados nos ônibus Mercedes-Benz)

- pisca-pisca dianteiro "retangular", nas laterais dos para-lamas dianteiros

- limpadores de para-brisas cromados

- trincos externos do Volkswagen sedan

- local para o tanque de combustível no nível da suspensão dianteira, e fixação por suportes

 

Traseira:

- tampa do motor na traseira, abrindo para cima com dois trincos externos na parte inferior

  (da tampa de combustível da Kombi)

- dobradiças do capo traseiro pequenas (do Renault Dauphini/Gordini - Willys)
- sinaleiras traseiras da linha Ford Fairlane 1954 (americana)
- para-choques traseiros nas laterais (de frisos utilizados nos ônibus Mercedes-Benz)
- brazão grande no meio da parte superior da cobertura do motor

    
 

                                                                                                                                No carro da foto acima o console e "pomo" da alavanca de

                                                                                                  cambio não são os originais (nem o chaveiro....)

Interior:  

- fixação dos painéis internos das portas com parafusos e arruelas aparentes

- trincos internos do Volkswagen Sedan, ou esportivos (furos redondos);

- chave de ignição na parte esquerda superior do painel;

- velocímetro e conta-giros centrados no painel, com o marcador de gasolina à esquerda, e á direita os

  marcadores amperímetro, pressão, e temperatura de óleo (os últimos modelos desta geração apresentavam o

  marcador de combustível entre o conta-giros e o velocímetro);

  Veja nas fotos acima o painel de dois exemplares da 1a geração. O da foto colorida apresenta os três

  instrumentos auxiliares (amperímetro, temperatura de óleo, e pressão do óleo, da esquerda para a direita)

  em linha, enquanto que na foto em preto e branco (Jornal do Brasil de 25/06/1969) os instrumentos estão

  arranjados em forma de triângulo, sendo o instrumento inferior de tamanho maior que os outros. Dificilmente

  dois carros foram montados iguais.

- interruptores na parte inferior do painel, abaixo dos instrumentos (do Willys Itamarati);

- soleiras das portas em alumínio, com desenho em pequenos hexágonos "achatados"

  (mesmo padrão das soleiras dos Puma VW 1969);

- direção em cálice com três raios, cada raio com três furos redondos, diâmetro de 330 mm
  (marca "Fittipaldi", modelo "Tarumã");

- "bolota" da alavanca de cambio em metal (marca "Fittipaldi")

- botão de buzina com o brazão "Lorena" pequeno em metal;

- alavanca do pisca-pisca cortada, na posição central superior.

- encosto dos bancos fixados diretamente no assoalho, com regulagem em quatro posições;

- encosto do banco do passageiro sem regulagem;

- assentos compostos apenas por almofadas soltas, diretamente sobre o piso do carro;

- parte inferior do bagageiro, sobre a caixa de cambio, com dois "bojos, como se fossem pequenos assentos.

       

Motor:

- eram oferecidos motores 1.300, 1.500 ou 1.600 (a partir do motor 1.300, cabeçote de entradas simples);
- carburação dupla da marca Kadron (Solex 32 PDIS);
- ventoinha do Fusca 1300, "cortada" na parte superior;

- chassi e mecânica do Volkswagen Sedan 1300;

- rodas "Rodabrás"

- fixação do tanque de combustível por suportes

 

Veja reportagem "Auto Esporte" Nº 55

Veja detalhes dos componentes utilizados no Lorena GT


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