RPB Piraya - Suécia - (1968-1969 / 1982)


Racing Plast Burträsk - RPB Piraya (Piranha) / RPB GT-1

Histórico

        

RPB Piraya GT (1968)                                                                           RPB GT-1 (1969)

Em 1965 a  "Fórmula-Vê" era considerada  a melhor categoria de monopostos para iniciantes na Suécia, mas haviam poucos carros. Rune Levander já trabalhava com fibra-de-vidro a 6 anos, e junto com Kjell Lindskog fundaram em 1966 a empresa "Racing Plast". Bror Jaktlund foi contratado para cuidar da parte mecânica, e a primeira localização da empresa foi em um celeiro ao redor de Skellefteå, logo mudando-se para Burträsk, quando a empresa mudou o nome para Racing Plast Burträsk (RPB).

Em 1968, Bo Andrén da empresa "BEA Agenturer" em Estocolmo, iniciou a importação e venda de carrocerias de fibra de vidro "Aztec", fabricadas pela "Fiberfab", para instalação na plataforma (chassis) do Vokswagen Sedan (Beetle). Para aumentar a rentabilidade, iniciou uma colaboração com o "Racing Plastic Burträsk - RPB" para desenvolver e fabricar seu própria carroceria, chamado de "RPB Piraya" (Piranha).

Pode-se ver claramente que o carro vou derivado do "Fiberfab Aztec" a partir de sua carroceria, principalmente pela parte superior e portas. O pára-brisa utilizado é o do Corvette (assim como o do "Aztec", do "Ferrer-GT", e do "Lorena-GT") e a montagem era feita sobre a plataforma do Volkswagen, a um custo de 2.150 coroas suecas, e as vandas foram boas, apesar dos clientes considerarem o carro um pouco difícil e trabalhoso de ser montado.

A "Piraya" foi apresentado em 1968 e foram construídos dois (ou três) carros sem motores para serem exibidos nas revendas da "BEA Agenturers". Um dos carros foi para a agência "Hans Noreen" em Strängnäs,  e o outro para a agência "Kaptensgatan 6", em Estocolmo.

De acordo com Hans Noreen foram vendidos na sua revenda 44 carrocerias do total de 300 carrocerias construídas, mas alguns proprietários tinham dificuldades na montagem dos carros. Destas hoje existem aproximadamente 120.

O carro entrou em produção junto com os carros de corrida, e em 1969 o "Piraya RPB-GT"sofreu algumas modificações na traseira, as portas passaram a ser convencionais, e o carro era mais prático e fácil de montar. Seu preço iniciava em 3800 SEK. Ele utilizava o tanque de combustível do Renault 10, fechaduras e trincos do Renault 16, dobradiças das portas e maquinas dos vidros do Mini, para-brisas do Corvette 1967, luzes padrões da Hella (mesmas do Saab 96, Saab 99, e Renault 16).

Novas regras para os automóveis como "crash tests" obrigatórios para carros novos, inclusive artesanais a partir de 01 de julho de 1970 dificultaram a produção do automóvel. Kjell era então o único proprietário da empresa e lutou obstinadamente contra os burocratas. Embora a empresa já contasse com oito funcionários e uma produção com um bom volume, ele não via a possibilidade de atender as novas exigências. Depois de várias reuniões com o Gabinete de Segurança Rodoviária em Solna, ele foi forçado a desistir da fabricação do Piraya.

O GT vendia muito bem na Noruega e na Finlândia, por isso continuou a produção de carros para exportação. A grande mudança aconteceu em maio de 1971, quando um ocorreu um incêndio. Uma grossa coluna de fumaça preta, subiu para o céu. Em apenas algumas horas o fogo destruiu a fábrica. Era o fim da produção de automóveis em Burträsk, que ficou abalada com a notícia. Para começar do zero custaria tempo e muito dinheiro. Todos os moldes foram perdidos. O vendedor finlandês que tinha pedidos para vários carros comprou os direitos de fabricação, fez novos moldes, e continuou a produção por mais alguns anos. A traseira foi redesenhada e o teto elevado em 5 centimetros. A RPB mudou-se para novas instalações, passando a produzir outros produtos de plástico, incluindo interiores de ônibus e trenós para neve (snowmobiles). Bror  Jaktlund saiu da empresa e começou a sua própria empresa de motores em Estocolmo.

Em 1982 a legislação foi alterada e a necessidade de crash-test foi modificada., e a RPB poderia voltar a construir carros, e o conhecimento obtido ao longo dos anos trouxe de volta o interesse nos automóveis. Kjell que ainda era sócio da empresa decidiu em conjunto com o CEO Bengt Ingvar Jacobson retomar a produção de veículos. O novo RPB-GT2 apresentado era um carro bastante interessante e bem acabado. Infelizmente, ele nunca entrou em produção, pois entre outras coisas, houve uma grande encomenda de produtos pelo exército sueco. São conhecidas 3 unidades deste carro, e os moldes ainda existem.
  Lindskog e Levander num Dolling F-Vê
  Jaktlund, Levander e Lindskog e um Fórmula-Vê 69
  Lindskog e Levander e o protótipo do Piraya
  O dia após o incêndio da fábrica
  Produtos RPB - trenós para neve

RPB Piraya - 1968

   

   


RPB GT-1 - 1969

   

   


RPB GT-2 - 1982

   



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